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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Resenha: Diário de uma paixão - Nicholas Sparks



N° de páginas: 244
Capa: 4 estrelas
Livro: 3 estrelas
Diagramação: 4/5
- Encontrei um número razoável de erros de digitação.

"A razão pela qual dói tanto nos separarmos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez, sempre tenham sido assim e para sempre serão. Talvez, tenhamos vivido mil vidas antes desta, e em todas elas tenhamos nos encontrado. E, talvez, em cada uma delas tenhamos sido obrigados a nos separar pelos mesmos motivos. Isso significa que esta despedida, é ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá (...)" -chorei litros-

"Nenhum afogado pode saber qual a gota de água que fez a sua respiração parar;..."

Ellie e Noah se conheceram em Nova Berna, no verão de 1932, e logo, se apaixonaram, ambos podiam chamar um ao outro de "meu primeiro amor". Tudo ia bem até os pais de Ellie, que era de uma família rica, intervirem no namoro. Pois apesar de considerarem Noah um bom garoto, não o achavam digno do amor de sua filha. Agora estamos em 1946, passaram-se catorze anos, Noah retornou para Nova Berna e Ellie estava de casamento marcado, mas uma notícia no jornal, faz o destino dos dois voltarem a se cruzar.

Como eu já disse algumas vezes aqui no blog, o autor Nicholas Sparks não faz parte da minha lista de favoritos. Já li A última música e agora Diário de uma paixão, em breve, Um amor para recordar. Nicholas possui inúmeros fãs, é considerado um dos grandes romancistas de nossa época, seus livros vendem milhões de cópias e estão sempre sendo traduzidos para vários idiomas. Agora eu me pergunto, porque eu não consigo me encantar pela sua narrativa?

Vamos por partes. Diário de uma paixão é um livro bom e tem personagens marcantes. Possui uma linguagem um tanto poética também e a história de Noah e Ellie é realmente muito linda. Mas, o problema gente, é que o autor não me convence. Acho que é por isso que minhas classificações para seus livros nunca passam das 3 estrelas. Eu posso gostar do que ele escreve, mas não fico satisfeita quando chego no final do livro. Ok. Podem dizer que eu deveria analisar a história e não o autor, mas eu acho que na hora da nota, o que vale é o livro como um todo, e de certa forma, esse autor influencia minha leitura, pois eu já tinha um pé atrás com seus romances, desde que preferi o filme A última música, que o próprio livro.

Agora que expliquei meus motivos para dar 3 estrelinhas para Diário de uma paixão, apesar de ter achado a história linda linda, vou falar um pouco mais sobre o livro, que é o principal objetivo.

Após ler a sinopse e checar a quantidade de páginas do livro, fiquei um pouco receosa, pois não conseguia imaginar como o Nicholas contaria a história de uma vida em 211 páginas - já que as outras são extras e curiosidades -, então quando dei início à leitura fiquei impressionada com a maneira que o autor amarrou as informações direitinho, sem furos e o mais chocante, ele realmente conseguiu nos contar tudo sobre os personagens e ainda deixar um mistério no ar, fiquei muito "O que? Como assim? Quando isso aconteceu? Quem que tá narrando?" (me esforçando para não dar spoilers). Nesse ponto eu tenho mesmo que dar o braço a torcer.

Noah é a definição de paixão. Parece clichê, mas foi assim que eu consegui vê-lo: um eterno apaixonado. Apaixonado pela vida, pela natureza, pela poesia, pelo amor, pela família, por Ellie. Notei que o autor deu ao personagem um toque sonhador, pois a narrativa de Noah é detalhista, poética, leve. Vi algumas resenhas em que as leitoras não gostaram do excesso de descrições que o Nicholas deu às situações, mas eu gostei bastante, pois não era cansativo, tornava os acontecimentos mais reais. Quanto a Ellie, apesar de ter gostado dela, não me identifiquei totalmente com a personagem. A protagonista tem atitude e é uma boa pessoa, mas não houve conexão. Para mim ela é simplesmente a "beldade" de Noah, como ele mesmo a chama e é isso.

Esse livro é bem emocionante, mas não vou exagerar e dizer que me derramei em lágrimas, pois isso não aconteceu. Porém, os trechos que me emocionaram, marcaram bastante, queria muito contar quais, mas não posso (buuuu D:). Acho que o grande motivo de eu ter murchado com o livro, foi o final. É bem interpretativo. Eu já sabia o que iria acontecer (me contaram), pelo menos, eu achava que sabia, mas ao chegar na página 211 eu comecei a me questionar. O que tudo indica é que realmente aconteceu o que eu acho que aconteceu, mas não sei se foi realmente isso. rs

Concluindo, mesmo tendo cisma com o autor, não me conectar com a Ellie, estar um pouco saturada de romances e ter dado 3 estrelas para o livro, gente, eu recomendo Diário de uma paixão, pois é uma história muuuito bonita, doce e emocionante. Marquei vários quotes, mas pude colocar apenas os preferidos na resenha, os outros entregavam um pouco a história. Bem, eu gostei e indico. Confiram e comentem o que acharam aqui no blog.
Beijoos.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Resenha: O céu está em todo lugar - Jandy Nelson





N° de páginas: 423

Capa do Livro: 4/5
Livro: 4/5











"Viro-me em seus braços para que fiquemos de frente um para o outro, então enlaço seu pescoço com meus braços ao mesmo tempo em que me puxa para mais perto dele. Ah, Deus, não me importo se estou agindo errado, se estou quebrando todas as regras do mundo ocidental, não me importo mais com nada, pois as nossas bocas, que foram momentaneamente separadas, encontraram-se novamente, mas esse fato arrebatador não tem mais importância.
Como as pessoas agem quando estão se sentindo assim?
Dirigem carros?
Ou esperam maquinaria pesada?
Como a civilização continua, quando algo assim acontece?"

"- O que as outras famílias diriam? - pergunto. Ele nunca falou nada assim sobre a mamãe. Será que tudo não passa de uma história inventada para esconder que é louca? Será que estava mesmo fora de si?
- Não importa como os outros chamam isso, Len. Esta é a nossa história e nós a contaremos.
Esta é a nossa história, ele diz, usando seu tom de Dez Mandamentos, e é assim que entendo: profundamente. Pode-se pensar que, pelo fato de ler tanto, eu já teria imaginado isso antes, mas não me ocorreu. Nunca fantasiei essa interpretação a respeito de minha vida. Sempre me senti parte de uma narrativa, mas não como autora dela, ou como se tivesse algo a contar sobre ela, qualquer que fosse.
Você pode contar a sua história da maldita maneira que quiser.
É seu solo."


O céu está em todo lugar é um dos livros mais bonitinhos que eu li esse ano, nem acredito que o deixei na fila de espera por tanto tempo. Eu estava esperando um drama com um pouco de romance, mas esse livro está mais para um romance com um pouco de drama e uma pitadinha de comédia. Sim, é possível se divertir com ele rs. Não consegui largá-lo até chegar na última página.

Lennie Walker é a nossa protagonista amargurada, pois está vivendo um dos momentos mais difíceis de sua vida: a perda de sua irmã/melhor amiga, Bailey Walker. Bailey faleceu durante um ensaio para a peça Romeu e Julieta e desde então a vida de Lennie e sua família está presa numa névoa de tristeza.

Lennie é uma devoradora de livros (conseguiu se identificar? rs), seu preferido é O morro dos ventos Uivantes, que foi lido vinte e três vezes. Lennie também é uma amante de música, por isso, faz parte da banda da escola, tocando clarinete. Ou costumava tocar, já que desde que Bailey faleceu, Lennie tem se privado de tudo que seja capaz de lhe proporcionar o mínimo de felicidade, inclusive de sua música.

Len esteve sempre à sombra de sua irmã, costuma até a se igualar a ''um pônei acompanhante de um puro-sangue'', a velha síndrome da mocinha que não nota que é tão especial quanto a outra, mas nem por isso o livro deve ser desmerecido. Confesso que desde Bela Maldade e Siren, eu peguei um trauma de livros que falam sobre perdas de irmãs, por sempre virem acompanhados de uma mocinha que se culpa totalmente pela causa da morte ou enfatiza como a irmã era mil vezes melhor, e claro, a típica frase: Me sinto mal por ainda estar aqui. Mas, apesar de O céu está em todo lugar conter todos esses clichês, é muito, muito cativante. Porém, foi exatamente esse trauma e os excessos de clichês sobre irmãs que fizeram eu retirar uma estrelinha do livro, mas apenas isso.

Acho que a culpa - pela primeira vez - do livro ser muito legal, não é do mocinho fofo que nos faz derreter, mas da protagonista, eu simplesmente adorei a Lennon. Mesmo com as crises existenciais, que para falar a verdade, são altamente compreensíveis, ela foi a minha personagem predileta do livro.
Vocês devem achar estranho eu sempre defender os personagens problemáticos, não é? rs. Acho que isso tem a ver com a maneira como eu vejo a história, eu me ponho no lugar deles várias vezes e tento entender o motivo de tais atos, mesmo quando esses personagens me irritam. Acho até que a leitura fica mais divertida assim.

Voltando à Lennon. Sim, Lennon (pois sua mãe, Paige Walker, era hippie), que possui um nome com facilidade para gerar apelidos: Lennie, Len e John Lennon rs. Este último graças ao fofíssimo Joe Fontaine *-* Gente, ele é uma gracinha, rancoroso, mas uma gracinha. Devo comentar que ele só ficou assim porque a Len o magou? Pois é pessoal, nossa linda protagonista é uma... como posso dizer? Menina... fácil. Não fácil. Mas... confusa? Ok. A Len adora perder a linha, ela mesma se pune por não saber onde foi parar aquela menina meiga e tranquila de um mês antes. Eu dei risadas com a maneira que ela pirava quando fazia besteira e depois esquecia do drama e fazia tudo de novo rs.

O livro seria muito mais divertido, se não fosse o foco dramático que a autora dá para ele, pois ela enfatiza a perda de Bailey e muitas das ações de Lennie são em torno da irmã. Algumas cenas até dão agonia, como ela não querer se livrar dos fios de cabelo na escova de Bails (depois ela mesma decide que isso não está dando certo).

Há dois carinhas legais no livro, que são os dois garotos por quem Lennon se sente atraída (e troca beijos, muitos), um deles eu já citei, o lindo Joe Fontaine, que sempre a tira da tristeza, e de quebra veio da França (lembra algo?), fazendo-a sorrir como ela nem sabia ainda ser possível e o sexy Toby, que a consola com muitos carinhos. Só, que tem um pequeno probleminha em Toby e isso eu não posso dizer, porque é spoiler. Ahhhh.

E claro, temos ainda a Vovó e o tio Big, que também são personagens adoráveis, cada um lidando com a dor da maneira que pode, apenas Joe consegue tirá-los do vazio da perda. Vovó cultiva flores, que dizem ser afrodisíacas e talvez elas até expliquem os vário casamentos de Big, um homem bigodudo que é especialista em plantas, viciado em maconha e aprendiz de cientista louco, segundo Len. Gosto quando ele entra em cena, pois tem sempre alguma boa piada para fazer.

Todos os personagens possuem seus próprios fantasmas e ao decorrer da história vemos todos eles, um por um superando-os e seguindo em frente. Com um bom enrendo, personagens cativantes, uma diagramação liiiinda e um bom final, a única coisa que posso dizer é: Super Recomendado.