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domingo, 18 de novembro de 2012

Garotas de Vidro - Laurie Halse Anderson



N° de páginas: 272
Capa do Livro: 4/5
Livro: 3/5



"Estou estável o suficiente para ficar em casa por enquanto. Todos dizem que estou estável.
Eu falhei ao não conseguir comer, nem tomar nada, e ao não conseguir me impedir de me cortar em retalhos. Falhei na amizade. Falhei na relação com minha irmã e também como filha. Falhei em relação a espelhos, balanças e telefonemas. Ainda bem que estou estável."

Eu deveria ter feito essa resenha no dia em que eu li o livro, aliás, todas as minhas resenhas deveriam sair no dia do término da leitura, pois dessa forma, eu conseguiria escrever com mais facilidade sobre o que eu senti no decorrer da história. Infelizmente, as coisas não funcionam dessa forma, mas posso dizer com toda a certeza: Que agoniante!

Lia tem distúrbios alimentares e 33 chamadas não atendidas de sua amiga morta no celular: Cassie. Elas se conhecem desde crianças, mas uma aposta de início inofensiva, se transformou num enorme pesadelo. Lia tem a chance de escapar, mas, a pergunta é: Ela deseja escapar?

Essa foi uma sinopse mega resumida, mas que na minha opinião, já revela bastante sobre o enredo. Eu gostei do livro, apesar de achar que Laurie não é uma super escritora, porém, Garotas de Vidro tem potencial, é comovente e bastante reflexivo. Fico me perguntando se o intuito é que ele fosse além disso, perturbador. 

Como fuga de seus problemas, Lia se autoflagela em locais difíceis de ver as marcas e esse foi um dos momentos em que eu fiquei realmente nervosa com a narrativa da protagonista, pois as feridas se abriam, isso era enfatizado, descrito e eu pensava seriamente em parar de ler. (Já contei que sangue, cortes, ossos ou qualquer coisa relacionada ao corpo me deixam muito agoniada? Sim, eu jamais poderia fazer medicina.)

Lia é triste, paranoica e tem muitas alucinações. Um dos pontos positivos da autora foi saber passar aos leitores o quanto a protagonista está confusa e perdida com a sua doença, quanto ao que aconteceu com Cassie e também sobre sua relação com a família. 

A contagem de calorias, a dor de ser cortar, o frio, o medo, a culpa, as constantes alucinações com Cassie e a fome, são os grandes inimigos de Lia, mas acima de tudo, o fato de não acreditar que precisa de ajuda e a descrença na doença, é o que pode de fato matá-la.

Dei três estrelas para Garotas de Vidro porque foi uma história, para mim, muito difícil de se ler. A protagonista sofre muito e vê-la passando fome, rejeitando bolinhos, mesmo que quisesse devorá-los, cortando a pele próxima às costelas, a narração desse fato, nossa, eu fiquei realmente enjoada. Creio que histórias desse gênero não sejam o meu forte.

Apesar da dificuldade de prosseguir com a leitura, de não considerar a escrita da autora uma das melhores que já vi e sofrer junto com a Lia e sua narrativa dura, o livro traz um tema muito interessante e um final que vale a pena conferir. 

Três estrelas, pois é um bom livro.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Resenha: Personal Demons (Amor Infernal) - Lisa Desrochers


N° de páginas: 487
Capa do Livro: 4/5
Livro: 3/5

''O céu ou o inferno? Um anjo ou um demônio?
O que você escolheria?
Tem certeza?''

Frannie Cavanaugh, é uma estudante do colegial e faixa preta em Judô, possui muita culpa em seu coração e um passado que deseja esquecer, porém, nas últimas semanas vem passando por um momento bastante incomum, parece que os dois carinhas novos/lindos do colégio estão disputando ferozmente sua atenção.
De um lado, temos Gabe com seus lindos, profundos e tranquilizadores olhos azuis, do outro, Luc, que possui um olhar quente capaz de aflorar os pensamentos mais mórbidos na mente de um simples mortal. Dividida entre os dois, Frannie simplesmente espera para ver no que vai dar, mas há um problema... têm muito mais nessa disputa do que ela imagina: Uma richa de outros tempos e sua alma.

Quem ler essa sinopse provavelmente irá se interessar pelo livro, ainda mais por ser tratar de um romance entre um demônio e uma humana, sim, pois Gabe está em segundo plano aos olhos de Frannie (doida). Realmente, a história é interessante e o livro possui muitos elementos para ser considerado bom, mas infelizmente a autora pecou na caracterização dos personagens e no desenvolvimento dos diálogos.

A impressão que eu tive foi a seguinte, sabe quando você está lendo um livro com o casal mais fofo do mundo e você não vê a hora do momento em que eles ficarão sozinhos? Então, a autora pegou esses momentos e os transformou num livro. Assumo que já imaginei como seria um livro apenas com esses momentos traumantes e vejam só, Personal Demons é exatamente esse tipo de livro, por isso, posso afirmar à vocês que se todos os livros fossem assim, ler romances não seria, nem de longe, algo tão bom.

Os capítulos variam da Frannie agarrando o Luc, para a Frannie agarrando o Gabe, e então há um desenvolvimento da história e a Frannie volta a agarrar o Luc e assim por diante. Sem contar que a narrativa da protagonista não é nada instigante, nem sempre temos vontade de continuar para saber o que vai acontecer e ela não é nada encantadora. Esses foram pontos da leitura que realmente me incomodaram.

Em contrapartida, nos últimos capítulos do livro a história fica mais movimentada e o final nos deixa com uma pontinha de curiosidade para ler a continuação da série. Isso e o Gabe, são os motivos que me fizeram dar três estrelas para Personal Demons e querer ler Pecado Original (capa em que o Gabe está em evidência *.*). O livro possui sua graça, mas há bastante pontos que me incomodaram. Não estou super ansiosa pela continuação, mas quero conferir e ver se houve algum crescimento do enredo.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Resenha: Penelope - Marilyn Kaye


N° de páginas: 240
Capa do livro: 5/5
Livro: 3/5
Adaptação do roteiro de Leslie Caveny

"Eu queria ir ao shopping, a festas, queria fazer testes para ser líder de torcida. Mas só podia ler a respeito da vida. Eu não podia viver."

Penelope tem 25 anos e cuidar de plantas é sua grande paixão. No tempo livre - que no seu caso, é muito - ela gosta de ler, assistir televisão, jogar videogame ou se exercitar, vale qualquer coisa para ocupar sua mente. Penelope nunca saiu de casa, exceto no Dia das Bruxas - que é seu dia preferido no ano - , também não tem amigos, nunca frequentou a escola ou teve namorados. O motivo para tantas restrições? Simples. Ela culpa seu tataravô, Ralph Wilhern.

Nossa protagonista é vítima de uma maldição e por conta desse feitiço, ela nasceu com um proeminente focinho de porco no lugar do nariz. Apesar de todas as características positivas que a menina possui, essa parte incomum de seu corpo faz com que sua qualidades fiquem pequenininhas.

Para quebrar a maldição é necessário que Penelope se case com um homem de sua mesma classe social, ou seja, ela precisa ser aceita por alguém que também possua sangue azul. É, ela teria que convencer homens esnobes e superficiais a aceitarem seu focinho, mas no final, tudo daria certo, aliás, bastava o casamento para que Penelope finalmente tivesse seu verdadeiro rosto. Será?

Desde que assisti ao filme - que é muuuito, muito fofo s2 - e fiquei sabendo que havia o livro, no ato Penelope passou a fazer parte da minha wishlist. Eu já sabia que era um livro infantil, no melhor estilo conto de fadas contemporâneo e por isso não esperava um romance caloroso ou uma estória mirabolante, cheia de momentos suspiro/suspense/porqueissoaconteceu?.

A estória é voltada para a superação e o crescimento de Penelope. Mesmo a personagem tendo 25 anos, não consegui visualizá-la dessa forma, ela estava mais para uma adolescente. Acredito que tenha sido intencional, já que Penelope viveu presa nas garras da mãe - que mesmo desejando o que achava melhor para a filha, ainda a considero uma bruxa velha - e foi programada para sempre fazer o que lhe disseram que era o certo. Penelope desejava algo mais do que ter seu rosto verdadeiro, ela queria tomar as rédeas da própria vida. Por isso eu a considero uma personagem linda e corajosa.

O final do livro é muito bonitinho, mas acredito que por ter sido adaptado de um roteiro, os diálogos foram rápidos e um tanto estáticos, não consegui sentir aquele calorzinho aquecendo o coração, coisa que acontece quando o nosso casal literário preferido passa por algum momento fofo. Acredito que tenha sido esse o motivo das 3 estrelas. Sinceramente, eu gostei mais do filme. O livro deve ser adquirido apenas por curiosidade, e no caso de quem gostar do filme, como uma lembrancinha e tal, já que não muda praticamente nada a estória de um para o outro.
Filme e livro recomendados ^^

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Resenha: Diário de uma paixão - Nicholas Sparks



N° de páginas: 244
Capa: 4 estrelas
Livro: 3 estrelas
Diagramação: 4/5
- Encontrei um número razoável de erros de digitação.

"A razão pela qual dói tanto nos separarmos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez, sempre tenham sido assim e para sempre serão. Talvez, tenhamos vivido mil vidas antes desta, e em todas elas tenhamos nos encontrado. E, talvez, em cada uma delas tenhamos sido obrigados a nos separar pelos mesmos motivos. Isso significa que esta despedida, é ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá (...)" -chorei litros-

"Nenhum afogado pode saber qual a gota de água que fez a sua respiração parar;..."

Ellie e Noah se conheceram em Nova Berna, no verão de 1932, e logo, se apaixonaram, ambos podiam chamar um ao outro de "meu primeiro amor". Tudo ia bem até os pais de Ellie, que era de uma família rica, intervirem no namoro. Pois apesar de considerarem Noah um bom garoto, não o achavam digno do amor de sua filha. Agora estamos em 1946, passaram-se catorze anos, Noah retornou para Nova Berna e Ellie estava de casamento marcado, mas uma notícia no jornal, faz o destino dos dois voltarem a se cruzar.

Como eu já disse algumas vezes aqui no blog, o autor Nicholas Sparks não faz parte da minha lista de favoritos. Já li A última música e agora Diário de uma paixão, em breve, Um amor para recordar. Nicholas possui inúmeros fãs, é considerado um dos grandes romancistas de nossa época, seus livros vendem milhões de cópias e estão sempre sendo traduzidos para vários idiomas. Agora eu me pergunto, porque eu não consigo me encantar pela sua narrativa?

Vamos por partes. Diário de uma paixão é um livro bom e tem personagens marcantes. Possui uma linguagem um tanto poética também e a história de Noah e Ellie é realmente muito linda. Mas, o problema gente, é que o autor não me convence. Acho que é por isso que minhas classificações para seus livros nunca passam das 3 estrelas. Eu posso gostar do que ele escreve, mas não fico satisfeita quando chego no final do livro. Ok. Podem dizer que eu deveria analisar a história e não o autor, mas eu acho que na hora da nota, o que vale é o livro como um todo, e de certa forma, esse autor influencia minha leitura, pois eu já tinha um pé atrás com seus romances, desde que preferi o filme A última música, que o próprio livro.

Agora que expliquei meus motivos para dar 3 estrelinhas para Diário de uma paixão, apesar de ter achado a história linda linda, vou falar um pouco mais sobre o livro, que é o principal objetivo.

Após ler a sinopse e checar a quantidade de páginas do livro, fiquei um pouco receosa, pois não conseguia imaginar como o Nicholas contaria a história de uma vida em 211 páginas - já que as outras são extras e curiosidades -, então quando dei início à leitura fiquei impressionada com a maneira que o autor amarrou as informações direitinho, sem furos e o mais chocante, ele realmente conseguiu nos contar tudo sobre os personagens e ainda deixar um mistério no ar, fiquei muito "O que? Como assim? Quando isso aconteceu? Quem que tá narrando?" (me esforçando para não dar spoilers). Nesse ponto eu tenho mesmo que dar o braço a torcer.

Noah é a definição de paixão. Parece clichê, mas foi assim que eu consegui vê-lo: um eterno apaixonado. Apaixonado pela vida, pela natureza, pela poesia, pelo amor, pela família, por Ellie. Notei que o autor deu ao personagem um toque sonhador, pois a narrativa de Noah é detalhista, poética, leve. Vi algumas resenhas em que as leitoras não gostaram do excesso de descrições que o Nicholas deu às situações, mas eu gostei bastante, pois não era cansativo, tornava os acontecimentos mais reais. Quanto a Ellie, apesar de ter gostado dela, não me identifiquei totalmente com a personagem. A protagonista tem atitude e é uma boa pessoa, mas não houve conexão. Para mim ela é simplesmente a "beldade" de Noah, como ele mesmo a chama e é isso.

Esse livro é bem emocionante, mas não vou exagerar e dizer que me derramei em lágrimas, pois isso não aconteceu. Porém, os trechos que me emocionaram, marcaram bastante, queria muito contar quais, mas não posso (buuuu D:). Acho que o grande motivo de eu ter murchado com o livro, foi o final. É bem interpretativo. Eu já sabia o que iria acontecer (me contaram), pelo menos, eu achava que sabia, mas ao chegar na página 211 eu comecei a me questionar. O que tudo indica é que realmente aconteceu o que eu acho que aconteceu, mas não sei se foi realmente isso. rs

Concluindo, mesmo tendo cisma com o autor, não me conectar com a Ellie, estar um pouco saturada de romances e ter dado 3 estrelas para o livro, gente, eu recomendo Diário de uma paixão, pois é uma história muuuito bonita, doce e emocionante. Marquei vários quotes, mas pude colocar apenas os preferidos na resenha, os outros entregavam um pouco a história. Bem, eu gostei e indico. Confiram e comentem o que acharam aqui no blog.
Beijoos.